Nesse
mundo cheio de tanta falsidade e interesse,
A
verdade parece um absurdo, uma violência para aqueles que a ignoram,
Escondem-se
em suas mascaras e se apoiam no sistema,
Duvida-se
do amor, da felicidade, da compaixão, da fidelidade e lealdade...
E
a cada vez mais se vê pessoas sozinhas na multidão.
Enchem
o peito do orgulho e se blindam ao próximo,
Amizades
se tornam raridades.
Hoje
tudo é para o momento, para o agora, matando naquele instante a solidão e saciando
o prazer.
O
amor passou a ser fragmentado, se tornou sinal da fraqueza, sendo substituído
“pelo pego e não me apego”, uso, sinto prazer e descarto ou que seja eterno até
que seja conveniente e vantajoso.
E
em cada passo uma nova luta em meio à cova dos leões,
Um
novo desafio para quebrar o sistema banal e os princípios fundados sobre a
areia.
Talvez
muitos não vão entender e me achar louco, pensando de que século sou, pois meu
olhar não para na beleza que encanta os olhos, procuro enxergar a alma, meus
sentimentos não são sufocados pelo ego, pelo poder ou substituídos pelo ódio.
Outros
vão parar e refletir...
Pouco
sei da vida, mas sei que sem sentimentos, sonhos, princípios, ideias, planos,
risos, lagrimas, desafios, quedas, amizades, trabalho, sinceridade, família,
fé, persistência, lutas, vitórias, derrotas, sofrimento, espera...
A
vida ficaria tão vazia e certamente seria mais um convivendo com o barulho da
solidão, sentindo-me um objeto ao olhar no espelho, se sentindo sufocado pela
consciência ao deitar, fazendo de cada dia, um baile de mascaras escondendo a
podridão e o vazio do ser.
A
doença do mundo hoje é se achar autossuficiente,
Ver
o amor com fraqueza,
Tratar
as pessoas como objetos,
Fazer
tudo em troca de algo,
Ver
a vida humana como escolha,
É
cuidar do corpo e esquecer da alma,
Ajuntar
riquezas ao preço da solidão.
Eu
escolhi ser livre, cultivando o que há de bom,
Construindo
minha historia sobre a rocha,
Tendo
como pilar os princípios que levo no peito, revestido de todo os sentimentos
que fazem a vida ser tão especial.
E
você, o que tem escolhido?
O
que tem vivido?
Jean Paulo de Oliveira - 20/11/2015