É um vazio que enche o coração de dor,
Aquela pergunta que ressoa em sua mente,
Porque?
Tantos que não sonham,
Tantos que não planejam,
Tantos que não se importam,
Porque?
Que a dor vestida de preto, bateu em nossa porta,
E em uma rasteira, nos envolveu na angústia e arrancou de
nós nosso presente.
Porque?
E como fazer o coração entender?
Como tirar da mente as palavras frias, daqueles que cuidam
do corpo e se esquecem da alma e dos sentimentos?
Sei que hoje é meu porque que ressoa no silêncio, mas amanhã
se tornará um para que,
Sei que hoje as lágrimas não consigo segurar,
Sei que hoje ouso perguntar, porque nosso pequeno se foi?
É impossível observar uma criança,
Segurar nos braços,
Sem desejar, que nos braços estar segurando nosso pequeno.
E se perguntar mais uma vez, porque?
Mesmo no barulho do mundo,
Na correria contra o tempo,
E no tribulhão de tarefas e obrigações,
A dor vem e encontra um silêncio e me faz ficar em prantos,
A mente tenta me consolar, com todos as justificativas,
Mas o coração sangra pela saudade,
A fé vem e me abraça forte e me diz: Tenha calma e a
tempestade vai passar.
Pelo caminho da vida aprendi, que tenho o direito de chorar
e sofrer pela perda,
Pois talvez, eu não possa suportar e estar preparado para o
próximo passo,
Para a próxima luta, próxima tempestade ou desafio que a
vida nos reserva.
Chorar, enxugar as lágrimas, respirar fundo e seguir em
frente, com fé, esperança e amor.
Dói, mais dia a dia, peço a Deus, que nossos corações
entendam,
Que nosso pequeno, foi feito para o céu e não para os nossos
braços,
Que ele está ao lado do criador, intercedendo por nós.
Jean Paulo de Oliveira 23/02/2019
Estamos vivendo esta dor.
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