Estou aprendendo a sorrir, Estou aprendendo a viver, Estou reaprendendo o amor, De verso em verso escrevo um novo capitulo neste livro que pedi a Deus, que tivesse a forma de poesia, Eu aspirante a poeta Ele, mestre do amor incondicional...


quarta-feira, 10 de abril de 2024


E seu eu nunca tivesse ouvido um não?
E seu eu nunca tivesse me decepcionado?
E se eu nunca tivesse me frustrado?
E se eu nunca tivesse sofrido?

O que teria eu aprendido nessa vida?
E que valor  a ela eu daria?
Soa como clichê, mais tudo que vêm fácil, também se vai com facilidade.

Vivemos na era da facilidade e praticidade,
No tempo que alguém já fez algo e nós navegamos no mar do conforto.

Estamos tão acostumados a transferir nossas responsabilidades ao outro,
Que estamos a cada dia, se tornando egoístas e com um ego que não cabe no peito,
Que tudo de errado e incompleto, a culpa é de alguém e se há sucesso é mérito exclusivo meu e de mais ninguém.

Por isso o cuidado com o ser, que esta sendo deixado de lado  e o ter se torna meta,
Pois compreender o outro, é perca de tempo e o problema não é nosso,
Demonstrar compaixão, é um erro.

Não se valoriza aquilo que vem fácil,
Não tudo que reluz é ouro.




Jean Paulo de Oliveira 21/09/2018

 




Eu já me transformei, só para me encaixar 


E sem perceber, muitas vezes eu me destruí ao me transformar tanto para que, eu pudesse me encaixar em lugares que não mereciam nem meu pensamento, que muitas vezes não me reconheci. 

Já me cobrei tanto nessa vida, que ainda estou aprendendo a não ser tão cruel comigo mesmo. 

Já me desfiz e refiz tantas vezes, para entender as pessoas, que nesse processo me machuquei tanto, pois poucas pessoas têm o mesmo zelo, respeito e empatia como o outro, da mesma forma que tenho. 

Já escutei tanta coisa sobre meu silencio, sobre meus sentimentos, sobre minha compreensão de tempo, sobre meus sonhos , sobre querer buscar as coisas cada qual no seu tempo, por minha timidez, por ser exceção, que volta e meia ainda tenho que resolver traumas da mochila do passado. 

Não sou aquele amigo grude, mais por mais que fiquemos tempos sem se ver, precisou, sempre estarei disposto a ajudar.

Não sofro mais por ausências ou fico mendigando sentimentos, a porta está aberta,

Chega, entra, fica e sai com a mesma liberdade que entrou. 


 Sempre fui de medir o peso das palavras pois, entendo o poder que elas têm e o quanto elas podem machucar.

Sempre fui aquele menino quieto e discreto, mais adepto aos atos do que a fala, 

Sempre fui dos bastidores e pouco gostei dos palcos.

A multidão nunca me encantou, 

Prefiro pouco, o que perpetua no tempo, aquele sentimento de eterno, real e palpável. 

Sou aquele que um dia qualquer vai ter mandar mensagem com um simples – Oi, como vai?

 

Por algumas vezes irei repetir, se não haver respostas não terá próximas vezes, aprendi a se importa com quem se importa com a gente.

 Sou aquele que não cria expectativas altas, levo tudo dosado para que se não acontecer, a vida possa seguir, sem traumas e com mais um aprendizado. 


Quando digo já me refiz e refiz, fiz isso da maneira errada e pelos motivos errados,

E que esse processo deve ser contínuo, 

Faço por você! 


Hoje me refaço, aprendo e sigo evoluindo sempre, pois esse processo facilita a compreensão da vida e a deixa mais leve, 

Você vai aprendendo o que vale a pena sofrer, chorar, lutar e o principal deixar ir sem se martirizar.

Veneno diário


Passamos a vida inteira nos lapidando,

Buscando sempre evoluir,

Rompendo nossos limites, barreiras, limitações,

Estudando, se especializando e nos atualizando,

Doutrinando nossa mente a não misturar as coisas, pessoal e profissional, por mais que estejam interligadas e sejam codependentes.

Passamos a vida, resolvendo o emaranhado de emoções, sentimentos, traumas, medos, erros, acertos, feridas, cicatrizes e buscando o equilíbrio entre o dever, a responsabilidade e a grande vontade sair e tocar o foda-se.

Como um alerta, nossa alma exausta de todo nosso esforço, sussurra a nossa mente:

 - Ei, está valendo a pena?

Aí a gente para, respira e olha ao nosso redor e acaba percebendo que o ambiente que estamos, não nos comporta,

E percebemos que a porta esta aberta mais não saímos,

Que nossas assas estão na gaveta, junto com diversos papeis,

Que cada dia ali, é como estivesse jogando no lixo seu tempo ou jogando pérolas aos porcos.

O tolo é tratado como ouro e o ouro é tratado como se não tivesse valor,

Você percebe algo que a muito tempo já sabe,

Que não merecem sua dedicação, seu talento, comprometimento e conhecimento.

 

Que você se acostumou a ser lembrado, somente quando o barco está a afundar,

Como se fosse aquela saída alavanca de emergia,  

Quando precisam sanar um incêndio.

 

Você percebe, que se tornou o vilão, que suas costas estão cheias de cicatrizes,

Que o aperto de mão é falso,

A cordialidade já foi extinta a muito tempo,

A palavra é dirigida, em último recurso,

E o que era leve e feito com amor e dedicação,

Se torna um caminho de cruz e interminável,

 

E você percebe que já não faz mais o extraordinário e faz nada mais que o trivial.

E sem perceber, acaba levando para casa, o fardo que suga sua saúde emocional,

Que te deixa exausto,

Isso acontece pois o trabalho se torna emprego,

O prazer e o amor se tornam mera obrigação e necessidade.

 


 Jean Paulo de Oliveira 10 de abril de 2024